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ANAIS

 

 

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ADENDO AOS ANAIS:

​​

DIZER NÃO À IDENTIFICAÇÃO: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRADIÇÃO E A
CONDIÇÃO HUMANA DA PLURALIDADE

                                                                   Thereza de Jesus Santos Junqueira 1
                                                                                                  PPGLitCult UFBA

1. Introdução

Com esteio na obra “A condição humana” de Hannah Arendt, pode-se afirmar que
a capacidade de ação política foi esvaziada na modernidade, como consequência de um esforço racional de generalização e identificação. Pretende-se estabelecer um diálogo entre essa constatação e o percurso de uma personagem literária: o menino de “Diz-que- sim e Diz- que-não”, de Bertolt Brecht. A personagem é tomada como um contraponto para se pensar a vida política, através da leitura de seus gestos, do lugar de onde fala, e das relações que estabelece com as outras personagens.

2. Perspectiva teórica e procedimentos

Trata-se de pesquisa bibliográfica e exploratória. Bibliográfica, uma vez que foi desenvolvida a partir de exemplar da produção dramatúrgica de Bertolt Brecht, bem como da produção teórica de Hannah Arendt; e exploratória, com esteio em sua interdisciplinariedade, por se apropriar da dramaturgia de Brecht com vistas a discutir teoria política. A política, segundo Hannah Arendt, refere-se ao nosso “viver juntos no mundo” e à habilidade de “falar dele com os outros”, o que supõe o fato de sermos iguais (ante a possibilidade de nos comunicar via linguagem); e diferentes/ plurais (por termos diferentes pontos de vista). A temática principal de “Diz-que- sim & Diz-que- não” pode ser entendida como o sentido de “estar de acordo”, e suas consequências. A peça exercita a contradição, em seu texto, nas relações entre os personagens, suas falas e desejos, e, sobretudo, na sequência das histórias. O que significa estar de acordo? Será que dizer sim é suficiente?

3. Resultados e conclusões

Estudar condutas requer um olhar atento sobre os sujeitos que agem; e a análise de
personagens, por sua vez, pode contribuir com vistas a esse objetivo. Estudar uma
personagem é estudar quem fala, e compreender o que move a ação mostrada no texto.

4. Referências

ARENDT, Hannah. A condição humana.
BRECHT, Bertolt. Diz-que- sim & Diz-que- não: ópera escolar. Trad. Geir Campos.

1 Bolsista Capes. Graduada em Letras e Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura daUniversidade Federal da Bahia. E.mail: therezajunqueira@yahoo.com.br

 

I ENCONTRO

ARTE E SOCIEDADE
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